11:46 - Futebol - FPF
AG da FPF discute Manual de Licenciamento de Clubes e reformulação de quadros competitivos
A Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) discute na sessão extraordinária de hoje o Manual de Licenciamento de Clubes, a entrar em vigor na próxima época, e a reformulação dos quadros competitivos da II e III divisões.
A proposta de licenciamento visa "alcançar padrões mais elevados e uniformes de qualidade para benefício de toda a comunidade do futebol português" e preconiza que apenas possam competir nos campeonatos da época 2009/2010 os clubes que provem a inexistência de dívidas a jogadores e técnicos e as decorrentes das transferências de futebolistas.
O manual define três níveis de critérios para o licenciamento: critérios imperativos (quem não cumprir, não recebe licença), os obrigatórios (os clubes podem ser sancionados, mas não excluídos) e os aconselháveis (recomendações sem obrigatoriedade de cumprimento).
ODe acordo com a proposta, o sistema de licenciamento visa, "genericamente alcançar padrões mais elevados e uniformes de qualidade para benefício de toda a comunidade do futebol português" e a sua aplicação será gradual para "adaptação dos clubes", tendo por base o estabelecimento de critérios que não possibilitem desigualdade desportiva.
Entre os critérios imperativos para poderem receber as licenças, além da obrigatoriedade de inexistência de dívidas, os clubes têm de apresentar um programa de desenvolvimento de futebol jovem aprovado e um terreno de jogo relvado ou dotado de um relvado sintético certificado com as normas da FIFA.
Em matéria de critérios obrigatórios, o documento avança com a necessidade de os clubes designarem uma pessoa responsável pelos respectivos departamentos financeiros, cujos direitos e deveres devem ser definidos por escrito, enquanto que para os critérios aconselháveis é defendido que os treinadores das equipas jovens, envolvidos nos programas de formação, têm de possuir, no mínimo, o Nível I de habilitação, ou uma licença equivalente que corresponda ao nível B da UEFA, independentemente do respectivos escalão etário.
Quanto má reformulação dos quadros competitivos da II divisão, que prevê a redução de quatro para três séries, a proposta é de subirem à Liga de Honra dois clubes - as três equipas vencedoras de cada uma das séries (Norte, Centro e Sul) jogarão entre si em duas voltas, subindo as duas primeiras classificadas - e descerem à III divisão os últimos quatro classificados de cada uma das séries, que serão compostas por 16 equipas.
Na III divisão, estará em discussão a "fase transitória", na qual serão constituídas oito séries (A, B, C, D, E, F, Açores e Madeira), em que os primeiros seis classificados de cada série disputarão a subida (subirão os dois primeiros de cada série e os primeiros das séries Açores e Madeira) e os seis restantes a descida.
Estará ainda em discussão o projecto da III divisão pró-nacional de âmbito distrital/regional, ou seja, as associações distritais de futebol organizarão os campeonatos (com um mínimo de 10 clubes) e apontarão, até ao segundo domingo de Abril, os vencedores à federação.
Os 20 vencedores de cada um dos campeonatos, mais os segundos classificados das quatro associações com mais clubes inscritos disputarão o acesso à II divisão. Subirão 12 equipas, os dois primeiros de cada uma das seis séries de quatro equipas, que serão criadas de acordo com a localização geográfica dos clubes.
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