Espírito de equipa
Nos desportos colectivos, o primeiro passo a ensinar aos jovens praticantes tem de ser o espírito de equipa.
Este espírito é fundamental na formação desportiva e pessoal dos adolescentes e importante benefício para o seu futuro, nas escolas, nas empresas, nas fábricas, hospitais e mesmo no seio familiar, onde quer que tenham que interagir.
Espírito que os técnicos devem desenvolver ao longo de toda a carreira desportiva dos atletas.
A unidade faz a força e nesta modalidade isso é um princípio fundamental, mas nem sempre fácil de conseguir, pois requer a atenção constante e o conhecimento profundo dos atletas por parte dos seus técnicos. Saber actuar no sentido de unir a equipa é fundamental, pois não há equipa que algum dia consiga algo importante, se não for unida.
Mas uma equipa é constituída pelas mais diversas personalidades e feitios.
Além disso, os atletas têm características técnicas e mediante essas desenvolvem a sua forma de jogar, uns mais avançados uns mais defensivos, outros mais polivalentes, consoante as necessidades da própria equipa.
Neste contexto, surgem os artistas, atletas dotados de algumas qualidades técnicas, que tendem a sobressaír dos restantes colegas. Todas as equipas precisam deles, mas é sobre eles que os técnicos devem incidir a sua atenção, pois tendem geralmente a tornarem-se individualistas e mesmo até egoístas.
De uma acção individual tem que resultar sempre um benefício para a equipa e não para o indivíduo e, quando este, apenas se preocupa na sua exibição ou actuação, deve seguir carreira no circo ou noutra actividade onde o artista vai subindo a sua actuação destinada apenas à consagração do mesmo pelo público.
Surgem, também, com frequência, como eternos sacrificados, os guarda-redes, estes por vezes sobrecarregados de culpas injustas, por serem os últimos batidos pelo adversário e não encontram a solidariedade dos colegas, tanto na sorte como no infortúnio.
Mas no banco é que está o verdadeiro suporte de uma equipa. Se por um lado já é difícil estar no banco a ver os colegas jogar, com ânsia de fazê-lo também, por outro, estes devem estar física e psicologicamente preparados para, em qualquer altura saltarem do banco e terem um desempenho superior. Mas isto só se consegue com um trabalho de alta qualidade técnica.
A equipa necessita do apoio incondicional do seu público, não a insultarem os árbitros, mas a incitarem os atletas ao empenho e à concentração no jogo.
Estou certo de que com uma atenção especial sobre estes pontos, pode melhorar consideravelmente o seu espírito de equipa e consequentemente o seu desempenho.
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