domingo, março 20, 2011

RECORDAR EM TEMPO DE ANIVERSARIO



GALERIA DE CAMPEÕES


Nesta incursão pela vida e história do meu Clube pretendo com lisura mostrar os valores e aqueles que de uma ou outra forma dignificaram e honraram esta prestigiada bandeira. Hoje que aqui coloco 3 modalidades de Pavilhão, não posso deixar de manifestar a mágoa de todos nós por nunca termos conseguido, até ao momento, um designio de mais de 7 décadas. A edificação de um Pavilhão Gimnodesportivo. Pois muitos que já não estão entre nós, trabalharam e esforçaram-se para atingir esse grande objectivo. Não conseguiram, mas creio que ainda será no meu tempo que vamos conseguir, nesse dia sentir-me-ei um homem imensamente feliz e será um momento de grande orgulho e de homenagem a todos os que pelo CLUBE FUTEBOL BENFICA passaram com a perspectiva de o engrandecer.


Duas valorosas equipas de Andebol do Clube.

UMA DAS EQUIPAS DE VOLEIBOL
A legenda do jornal O SPORTS de 24 de Julho de 1944, que não está perceptível diz o seguinte:
"A equipa de honra de volleyball do Clube Futebol Benfica,
que ontem vencendo o G D "Os Fosforos", conquistou o título de campeão de Lisboa da I Divisão"


O BASQUETEBOL também foi uma modalidade que fez história no Clube.


Todo este Património que tenho vindo a publicar, para além da demonstração da grandeza deste Clube, reflecte também outra coisa: INJUSTIÇA.
Hoje estão aqui modalidades de Pavilhão e faltam ainda duas, o Hóquei de Sala e o Hóquei Patins e a pergunta que se impõe é simplesmente esta: Porquê, apesar de tantas lutas, não termos conseguimos até hoje a construção do Pavilhão? É uma aspiração justa e com mais de 70 anos. INCRIVEL!!!

GALERIA DE CAMPEÕES


Para aqui viemos em 1962. A  fotografia mostra-nos a evolução que toda a zona circundante sofreu. Basta olhar para além das árvores para se reparar quão a Buraca se alterou ao longo do tempo. 


 E aqui está o campo após a conclusão. O primeiro jogo realizado aqui foi em 1962, com o LUSO DO BARREIRO a contar para o Campeonato Nacional da III Divisão 





 

5 INTERNACIONAIS EM TURIM, NO TORNEIO MÁRIO ZONATO
Vitor Perna, Carlos Silva, Fernando Brito, Rogério Ramos e Jaime Figueiredo



GALERIA DE CAMPEÕES


UMA FAMOSA EQUIPA DO CLUBE
Deslocou-se a Bruxelas e a Vigo em 1949, vencendo o Torneio nesta cidade espanhola
Conta a crónica da época que foi recebida apoteoticamente na Estação do Rossio (viajou de comboio), no regresso de Bruxelas, por uma falange enorme de sócios e apoiantes, com bandeiras e em caravana de automóveis circularam no Marquez de Pombal e seguiram para Benfica


Aqui está outra famosa equipa do Clube, de Hóquei Patins, que entre os vários títulos conquistados, contam-se 4 campeonatos nacionais. 



NO FUTEBOL, Jorge Marques da Pastora, conta-nos esta história 

RECORDANDO –Uma vitória das antigas

Por Jorge Marques da Pastora

Quando, passados muitos anos, em que se viveram intensamente os bons e maus momentos a que se sujeita, quem, com entusiasmo e dedicação assume o encargo de ser dirigente desportivo, apetece recordar alguns desses momentos, em que uns e outros se misturam, numa síntese que nos proporcionou, depois de momentos desagradáveis, um dia reconfortantemente feliz.

Assim, recordamos aqui momentos vividos numa deslocação da nossa equipa de futebol ao União de Santarém, que naquele tempo se apresentava como potencial candidato ao primeiro lugar da respectiva série, quando o Futebol Benfica ainda militava na II divisão nacional de futebol.

Tratava-se de uma deslocação difícil, para a qual os jogadores haviam sido convocados com antecedência. Programada a viagem em autocarro com partida do nosso campo às 7,30, este passaria por diversos pontos da cidade para facilitar os não residentes em Benfica.

Acontece, por se tratar duma saída bastante cedo e na véspera ter sido sábado, a maioria se havia deitado tarde, ou pura e simplesmente esquecido da convocação

Calcule-se agora a ansiedade e o desespero dos Directores, quando o autocarro ao percorrer os locais combinados, os encontravam desertos. Só muito tarde conseguimos reunir os 11 jogadores, incluindo alguns suplentes, e lá partimos a caminho de Santarém, adivinhando a pesada derrota que certamente nos caberia naquela tarde. Dada a hora a que chegamos e a proximidade do jogo, não seria possível almoçar.

Por fim, lá conseguimos - o que não foi fácil – contentá-los com algumas sandes e frutas, tudo regado com água mineral.

Só o Zé Maria, rapaz atarracado de tez morena, não deixava transparecer nos seus gestos lentos e falas mansas, a força interior que o caracterizava. Jogava no Barreirense quando a Pátria o chamou a prestar o seu serviço militar no quartel da Pontinha, onde 9º Tenente Ilídio descobriu aquele seu recruta e tratou de o trazer para o Futebol Benfica.

Mas, até se compreende a obstinação do rapaz por aquele almoço com que tinha sonhado. É que o Zé Maria, longe da família sujeito toda a semana ao rancho – que naquele tempo não abria o apetite a ninguém - não o queria perder por nada da vida.

Só quando viu os colegas equipados se resolveu jogar. E que grande jogo ele fez, o Zé Maria! Jogando a avançado-centro e servindo-se da velocidade que era um dos seus melhores atributos, mimoseou o União com dois excelentes golos e deu-nos uma saborosa e inesperada vitória, premiada no fim do jogo com uma salva de palmas do povo sacalabitano (que aqui para nós, tanto premiava a nossa exibição, como castigava os seus jogadores)

E depois? Depois foi o jantar prometido, num bom restaurante de Santarém num ambiente de incontida euforia como é de calcular.

(Boletim do Clube nº 5 de 1988)



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