E AS FIGURAS DO CLUBE QUE NOS DEIXARAM IMENSA SAUDADE AQUI CONTINUAM A FIGURAR

E AS FIGURAS DO CLUBE QUE NOS DEIXARAM IMENSA SAUDADE AQUI CONTINUAM A FIGURAR

GALERIA DE CAMPEÕES

Mais três figuras que nos deixaram já há algum tempo, mas que continuam bem vivas na nossa memória.

HENRIQUE NOGUEIRA DOS SANTOS

Um sócio de iniciativa

HENRIQUE NOGUEIRA DOS SANTOS,  é sócio  do Clube desde 22.11.61, com o nº 143. No entanto o seu interesse pelo Clube projecta-se para além desta data pois já antes daquela data HENRIQUE NOGUEIRA havia sido sócio e só a sua ida para a tropa e por não terem respeitado na altura os Estatutos do Clube, viu-se privado de manter o número primitivo.

HENRIQUE NOGUEIRA DOS SANTOS nasceu em Lisboa em 18.11.33, vivendo grande parte da sua infância em Benfica. O facto de ter saído de Benfica e ter ido viver para fora da Freguesia  não o afastou do interesse e dos problemas do Clube. Continuou a ser um dedicado associado vivendo por dentro os problemas do Clube e esforçando-se  sempre com as suas forças por suavizar alguns deles através das suas iniciativas.

É homem que mete mãos à obra sem pedir inicialmente ajudas, conta depois  que com o seu espírito de iniciativa outros o ajudem.

Recentemente meteu ombros a um Sorteio que visava o acompanhamento da equipa de futebol com vista a angariar fundos para a Tesouraria do Clube, a iniciativa resultou parcialmente, a decepção devido à pouca colaboração obtida levou-o a suspender o Sorteio.

Tem pertencido a diversas Comissões de Angariações de Fundos; pertenceu também à Secção de Hóquei Patins e de Hóquei em Campo e fez parte da Assembleia Geral do Clube.

Homem sempre dedicado ao Clube, sente ainda hoje com grande mágoa o Clube ter cessado a actividade na modalidade de Hóquei em Patins, onde desenvolveu trabalho de monta no último ano de actividade da modalidade.

HENRIQUE NOGUEIRA não pode estar parado e isso levou-o a executar um trabalho importante, que ainda decorre neste momento, que foi chamar a si a limpeza e conservação dos Troféus do Clube. Trabalho louvável que todos reconhecem, sobretudo pelo cuidado e carinho que pôs na iniciativa. HENRIQUE NOGUEIRA é mesmo um homem de iniciativa.

(Publicado no Boletim do Clube nº 17 em 1989)

ÁLVARO GONÇALVES

Atleta, árbitro, treinador, dirigente – disciplinador

ÁLVARO DE JESUS GONÇALVES  de seu nome completo, é a figura do Clube neste Boletim.

O seu passado bem justifica que o escolhêssemos para constar nesta coluna do nosso Boletim.

ÁLVARO GONÇALVES, nasceu na Amadora em 18.8.21 e é sócio do Clube com o nº 98, desde 11.3.55. Anteriormente a esta data já havia sido sócio do Clube, mas uma zanga com um Director da altura levou-o a deixar de pagar quotas, contudo, nunca se afastou do Futebol Benfica.

A sua dedicação ao Futebol Benfica tem sido de uma forma tão exemplar que para além de sempre o termos conhecido como grande defensor dos interesses do Clube, fez dos seus filhos e netos, logo que nasceram sócios do nosso clube.

Foi jogador de Hóquei Campo, não de grande craveira técnica como ele próprio nos frisou, desempenhando mais tarde, após ter abandonado a actividade, o cargo de treinador das equipas seniores e juniores do Clube.

Como treinador sagrou-se duas vezes campeão nacional à frente da equipa de juniores e uma vez com a equipa de seniores.

Como jogador foi várias vezes campeão regional.

Ao serviço do Hóquei Campo, sua modalidade preferida, embora todas as modalidades do Clube lhe digam muito ee seja um adepto incondicional, tem dedicado muito do seu tempo. Foi árbitro da modalidade e Seleccionador de Lisboa várias vezes nas categorias de seniores, juniores e Sub 21. Uma vez acumulou o cargo de seleccionador das três categorias: juniores, sub 21 e seniores.

Ao Clube, ÁLVARO GONÇALVES, tem também dedicado muito do seu tempo, quer como seccionista, quer ainda como Director do Clube, o que aconteceu apenas uma vez.

ÁLVARO GONÇALVES. É bem um dos históricos do Clube e também um colaborador deste Boletim

(Publicado no Boletim do Clube nº 7 de 1988)

MANUEL MADUREIRA

O Homem, o amigo, o futebolbenfiquista

MANUEL ALVES MADUREIRA, nascido em Lisboa em 31.10.22, é a figura do Clube neste Boletim.

Falar do sócio nº 83, cuja filiação data de 31.3.53, tem tanto de difícil quanto de emotivo. O seu carácter naturalmente modesto não empresta à sua biografia os traços evidentes da sua generosa personalidade.

A “Pastelaria Paraíso”, da qual MANUEL MADUREIRA era proprietário, foi durante 31 anos, um prolongamento do CLUBE FUTEBOL BENFICA, ali se alicerçaram amizades e relevantes actos de generosidade. É hoje um local que os mais antigos e os que ali passaram grande parte do seu tempo de lazer, recordam com uma grande saudade.

MANUEL MADUREIRA e outros nomes de nomeada do Clube, chegaram a tomar ali decisões importantes para a vida do Clube. Por isso não se consegue falar de MANUEL MADUREIRA e do Paraíso de Benfica sem os relacionarmos com o CLUBE FUTEBOL BENFICA aquele de convívio era apontado por muitos como a Sub-Sede do Clube. Ali conviveram figuras da mais elevada projecção desportiva.

“O MANEL” , foi patrono, foi confidente amigo, quando aflitivamente se deseja um amigo.

MANUEL MADUREIRA, fez parte de várias Direcções do Clube, de Comissões de Obras, de Festas, enfim, deu muito de si ao CLUBE FUTEBOL BENFICA. O clube sempre encontrou em MANUEL MADUREIRA, um sócio interessado nos seus problemas, o FUTEBOL BENFICA muito deve a este homem que é sócio Benemérito.

MANUEL MADUREIRA, pertenceu também ao Executivo da Junta de Freguesia de Benfica.

Aqui fica ao correr da pena o rápido perfil dum homem que nem mesmo o correr dos anos deixou no esquecimento. Soube granjear amizades como poucos se podem orgulhar.

Bem haja MADUREIRA !!!

AURÉLIO PAIS

O ORGANIZADOR, O METÓDICO

AUGUSTO AURÉLIO SANTOS  PAIS, juntamente com  Guilherme Valentim foi o responsável pela minha integração nos Corpos Gerentes do Clube. Decorria o ano de 1970 e era preciso formar Direcção. Sou “apanhado” de surpresa, quando conduzia o meu Ford Escort que o tinha estreado há dois três dias e depois de 26 meses de Moçambique na guerra colonial estava a desfrutar de um prazer que me dava conduzir um carro novinho em folha e que na altura não estava ao alcance de todos como agora acontece e ainda bem. Aqueles dois senhores, “grandes homens” do FUTEBOL BENFICA, fizeram-me sinal, que percebi ser para falar comigo, na Rua João Frederico Ludovice, portanto junto às instalações desportivas, a Sede ainda existia na Rua Cláudio Nunes.

Aceitei o desafio que ali me foi posto com entusiasmo, conhecia já muito da história do Clube e não podia rejeitar tal convite vindo de onde vinha, ou seja, de duas personalidades que me habituei a admirá-las desde os meus 10/12 anos quando comecei a frequentar o Clube pela mão do meu tio Gilberto. Não posso deixar de atribuir uma quota de responsabilidade ao meu tio Gilberto (grande homem também) tendo sido ele que me introduziu o gosto e a paixão pelo FUTEBOL BENFICA.

O Sr. AURÉLIO PAIS, como sempre o tratei, conheci-o como um homem bastante organizado, metódico, respeitável, de bom senso e para além destes predicados um homem do FUTEBOL BENFICA.

Funcionário da Companhia Reunidas de Gás e Electricidade, prestou serviços relevantes ao Clube na sua esfera de acção naquela Companhia quando era necessário a sua mão para qualquer assunto relacionado com o Clube.

Foi importante na vida do FUTEBOL BENFICA enquanto teve saúde, tratava-se de um aglutinador de “boas vontades” estabelecia com alguma facilidade “pontes” entre os que pensavam de maneira diferente, era, digamos, por excelência um conciliador, tendo sempre presente como objectivo servir o FUTEBOL BENFICA, o melhor possível.

Metódico e organizado, como está demonstrado no Relatório, que se publica neste rol de recordações que fazem a história brilhante deste Clube, na deslocação a Bruxelas.

Deve-se a ele grandes organizações do Clube, nomeadamente quando se tratava de Hóquei Campo.

Foi um dos grandes dirigentes que conheci e que de algum modo veio a influenciar-me ao “meter-me no corpo o bichinho” do FUTEBOL BENFICA.

Sei que teve por mim sempre uma grande admiração e respeito e eu sempre retribui da mesma maneira, sem hipocrisias, com lealdade e admiração porque era um homem na verdadeira acepção da palavra.

Não podia de forma alguma deixar de constar neste rol de homens de grande valor que passaram  e fizeram a história do CLUBE FUTEBOL BENFICA

(3 de Março de 2008)

Há muitos nomes que irão fazer parte desta moldura que vai continuar por estes dias. Recordar estas pessoas que muito deram a este Clube, é mais que um dever, é uma obrigação