Como líder, busco fomentar o que de melhor existe em cada membro da minha equipe. Por uma opção particular, aplico um sistema de liberdade que faz com que cada membro tenha o sentimento de ser independente dentro da sua área de atuação. Procuro fazer emergir uma disciplina espontânea e ao mesmo tempo o senso de responsabilidade com o todo. Não vejo dilema entre ser temido ou respeitado, pois, opto sempre pelo respeito.
Busco cumprir bem o papel de quem se propõe a liderar pessoas. Coloco-me entre as atividades que devem ser feitas e a pressão que existe para que não sejam. Digo sempre aos meus pares: “Estou aqui para deixá-los produzir e para impedir aquilo ou aqueles que se contraponham a isso”.
Num primeiro momento, compro briga com quem só enxerga cifras e números. Embora sejam parâmetros importantes, entendo que o meu capital é o humano – o profissional, sendo ele o responsável pela geração do ativo – o conhecimento. É isso que produz o resultado, e isso que potencializo. Sendo o resultado favorável (e é) até os numerólogos ficam satisfeitos.
Ao lidar com pessoas, sei que tratarei daquilo que é objetivo e daquilo que não é. É preciso administrar o tanto quanto possível sentimentos (vaidade, inveja, desejo, dúvida, etc.). Essas características humanas nada têm haver com o bom senso, mas são questões que não podemos ignorar ao tratar com pessoas.
Se a dúvida é uma característica humana, pois, o animal não duvida, ele age seguindo seu instinto, a escolha também é uma característica do homem. É na escolha que procuro respaldo. Até na insatisfação existe uma escolha que foi feita, embora não tenha sido aceita. Em algum momento, sempre escolhemos.
Sei que existem perfis distintos em equipes. Existem aqueles que desejam apoiá-lo, e aqueles que o julgam incapaz. Existem aqueles que se sentem privilegiados, e aqueles que não desejavam estar ali. Existem aqueles que o respeitam, e aqueles que não. Existem aqueles solidários entre si, e aqueles não são. Sei que existem também perfis distintos de líder. Existe o líder comprometido com a sua equipe, e aquele que não é. Existe o líder que teme ser superado, e aquele que apóia o crescimento da equipe. Existe o líder ético, e aquele que é oportunista.
O perfil líder x equipe se soma. Por exemplo, uma equipe que apóie o seu líder e tenha um líder comprometido com ela, ambos tendem a obter benefícios. Por outro lado, uma equipe que tenha um líder inseguro e alguém que não o respeita está potencializado neste cenário um conflito interno por poder.
Creio que cabe a quem forma definir o perfil médio da sua equipe. Se a equipe é fraca, seu líder provavelmente é fraco ou inseguro. Se a equipe é unida, seu líder provavelmente promove essa união. Para uma equipe já formada, cabe a quem escolhe o novo líder avaliar o seu perfil. Também cabe ao liderado a escolha do seu líder. Ele pode optar por ficar ou não, mas é sempre uma questão de escolha.
Confesso que tenho certa desconfiança do líder que se destaca (no sentido de distância) da sua equipe. Não raramente, vejo ditos líderes que sabotam suas equipes para obter promoção individual. Há também aqueles que se auto-sabotam por terem assumido responsabilidades para as quais não estavam preparados.
Gosto de comparar equipes com tripulações de navio. Quando o barco está feliz, um termo naval, é um indicador que um bom capitão está no comando. Neste caso, tanto o capitão quanto a sua tripulação não temem nem as piores tempestades. Quando o barco não está feliz, é o próprio capitão quem reza para que não chova.
Pessoalmente, acredito que um bom líder entende e se faz entender por seus liderados. A boa comunicação, somada ao conhecimento humano e a firmeza de propósitos são fatores fundamentais para o sucesso sustentável.
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