É certo que o Futebol Benfica partia para esta partida claramente como favorito, não só por força da sua candidatura, como pelo facto de receber o "lanterna vermelha"... Além de que o Venda do Pinheiro apresentou-se no "Francisco Lázaro" longe da sua força máxima, tendo nomeadamente de recorrer aos préstimos de alguns dos seus juniores. Não obstante, o facto é que em futebol não há "favas contadas", como se costuma dizer... Ou por outras palavras, o Futebol Benfica teria de fazer pela vida para vencer este jogo, porque o adversário não estava nada disposto a facilitar.
E o facto é que até foi o Venda do Pinheiro a entrar melhor em jogo, com o último reduto benfiquista a revelar alguma intranquilidade ante as investidas de jogadores como Ricardo Nunes ou Colaço. Esta fase durou sensivelmente 10 minutos, momento a partir do qual a turma da casa serenou... Vindo então ao de cima a mais-valia do seu ataque. Brás deu o mote aos 13 minutos, quando surgiu no coração da área a cabecear para a primeira grande defesa do guarda-redes Vítor Hugo, neste caso sobre a barra. Adilson bem "farejava" o golo, chegando por um par de vezes atrasado ao encontro do esférico... Ao passo que o Careca ensaiou aos 26 minutos a meia-distância, com boa pontaria, mas... Quer dizer: a pontaria foi boa, só que Vítor Hugo não deixou a bola entrar, desviando-a para canto. E à terceira foi de vez, ou seja: do respectivo pontapé resultou o golo inaugural, apontado por Alex Gonçalves.
Até ao intervalo o resultado não mais se alterou, nomeadamente por força do "suspeito do costume", que aos 41 minutos negou novo golo ao Futebol Benfica. Já no tempo complementar o Venda do Pinheiro procurou reagir, com os seus jogadores a subirem mais no terreno. No entanto, qualquer estratégia que tivessem pensado a longo prazo ruiu porque em pouco tempo o Futebol Benfica marcou o segundo. Ainda faltava muito tempo para jogar, mais de meia hora, mas... Agora, tudo parecia decidido. O Venda do Pinheiro persistia no ataque, aliás: honra lhes seja feita, persistiram sempre e até ao apito final! Mas estavam com dois problemas. Em primeiro lugar, passaram a enfrentar uma defesa mais tranquila e concentrada. Em segundo, por raras vezes o duo atacante do 4x4x2 benfiquista era desviado para missões defensivas, ficando em vez disso "de plantão" pelo meio-campo, facto esse que por seu turno prendia mais um elemento do Venda do Pinheiro, à cautela... Tudo somado, resultou que até final o guarda-redes Fábio passou mais ou menos descansado, enquanto que do outro lado o Futebol Benfica esteve à beira de marcar, e por três vezes: aos 62 minutos, num descuido de Kris, aos 69, através de um contra-ataque do rápido Adilson e já nos instantes finais da partida... Altura em que o Futebol Benfica beneficiou de uma grande penalidade, com Vítor Hugo uma vez mais a defender o remate de Careca. Fantástico Vítor Hugo!
Campo Francisco Lázaro, 11 de Outubro de 2009, 15:00 horas.7ª Jornada do Campeonato Distrital da AFL - Divisão de Honra, 2009/2010.
Sob a arbitragem de Pedro Silva, as equipas alinharam:
Futebol Benfica: Fábio; Ismael, Forner, Alex Gonçalves "cap." e Pólvora (Naia aos 81'); Batista, Miguel Ferreira (Roque aos 69'), Kariaka e Careca; Brás e Adilson. Treinador: Pedro Barroca.
Venda do Pinheiro: Vítor Hugo; João Dias, Vasco "cap.", Jeremias e Kris; Ricardo Nunes, José Luís, Colaço e Mussá (Filipe aos 79'); Baião e Diogo (Hugo aos 60'). Treinador: João Roberto.
Golos: 1-0, Alex Gonçalves (29'); 2-0, Careca (53').
Acções disciplinares: amarelos para Pólvora (Futebol Benfica); João Dias, Jeremias (2) e Kris (Venda do Pinheiro). Vermelho por acumulação para Jeremias (Venda do Pinheiro, 90').
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