terça-feira, setembro 27, 2011


"Não confundir lesões com ilusões."


Existem jogadores que foram obrigados a deixar o futebol devido a uma grave lesão e existem jogadores que abandonaram o futebol devido a uma grave ilusão.

Existem jogadores com lesões e jogadores com ilusões

A ilusão de um jogador de futebol pode acabar com um jogador tão ou mais depressa que uma lesão. Enquanto que numa lesão grave, não há remédio, não há escolha, é grave e pode acontecer. Numa ilusão grave o culpado é mesmo na maior parte dos casos o jogador que a tem.

Um jogador com uma ilusão não se controla. Não é humilde, não sabe lidar com os colegas, não sabe lidar com os treinadores, culpa todas as pessoas que o rodeiam e nunca admite que a culpa é sua e da sua ilusão.

Uma lesão pode melhorar com gelo, com choques, com toalhas quentes, com uma operação e com infravermelhos, uma ilusão não se consegue melhorar com nada disso e massajar o cérebro para a diminuir só cansa quem a tenta fazer. Não existem massagistas para os jogadores ilusionados, ainda não se inventaram. Um psicólogo pode ajudar mas não chega, é preciso mais do que um psicólogo para conseguir curar uma ilusão.

Van Basten deixou o futebol devido a uma grave lesão, foi massacrado pelos defesas e numa altura que a medicina desportiva não estava muito avançada, a solução foi mesmo abandonar. Quando falamos de grandes jogadores que deixaram o futebol devido a uma grave ilusão, temos de destacar Dani que jogou no Sporting e Pepa que jogou no Benfica. São dois grandes exemplos de jogadores que sofreram graves ilusões.

Como se curam ilusões? Não se curam, é preciso prevenir porque não se consegue remediar. É preciso formar homens em vez de jogadores ilusionados. É preciso formar atletas com estofo, que consigam compreender a essência do futebol.

Ao continuarmos desta maneira, daqui a uns tempos temos uma sala cheia de sofás em vez de marquesas onde estão jogadores deitados a tentar curar as suas ilusões graves.


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